Quinta do Poço do Lobo 2016

Quinta do Poço do Lobo 2016

Onde o vanguardismo das melhores técnicas de vinificação e as práticas de agricultura andam de mãos dadas com a tradição, as Caves de São João iniciaram, na década de 30, a produção de espumantes – método tradicional - com o apoio do enólogo francês Gaston Mennosson.

Mas, apesar dos espumantes estarem intrinsecamente ligados a esta marca, não só deles se faz a história deste projecto.

Em 1920, as Caves de São João são criadas pelos irmãos José, Manuel e Albano Costa. De início, apenas se dedicavam ao negócio de "vinho fino" - vinho do porto - do Douro e licores locais.

No final da década de 50, já estabelecidos no ramo da produção de vinhos, dão início à exportação para as agora ex-colónias e para o Brasil. Foi também nesta altura, que surgem as afamadas marcas Frei João da Bairrada e Porta dos Cavaleiros do Dão.

No início da década de 70, mais concretamente em 1971, as caves adquirem a Quinta do Poço do Lobo, uma belíssima propriedade de 37 hectares, no concelho de Cantanhede, já com cartas dadas na produção de vinhos tranquilos.

Ainda hoje facilmente encontramos vinhos da década de 90 daqui provenientes, como o Arinto e o Cabernet Sauvignon.

Sempre inspirados no passado, mas com olhos postos no futuro, as vinhas da Quinta do Poço do Lobo foram restruturadas e novas vinhas foram também plantadas.

Com uma adega modernizada, sem nunca esquecer o perfil clássico dos seus vinhos, após todas as melhorias implementadas na área da vinificação, as Caves de São João continuarão a ser certamente uma referência no panorama nacional vínico.

O vinho que vos trago hoje é um dos meus all time favorite para consumo do dia-a-dia, tanto pela excelente relação qualidade-preço que oferece como pela versatilidade gastronómica.

Apesar de composto por três castas - Baga, casta rainha da Bairrada; Touriga Nacional, a pérola portuguesa; e Cabernet Sauvignon, a casta mais plantada por todo o mundo – este Quinta do Poço do Lobo transborda a autenticidade da Bairrada que é, sem dúvida, uma região apaixonante.

Composto por uvas colhidas à mão e seguindo um processo o mais tradicional possível, após a fermentação este vinho fez um estágio de um ano e meio em carvalho francês, seguido de mais um ano em garrafa.

Robusto, austero e exuberante, sem nunca esquecer a sua frescura e elegância, apesar de não ser um topo de gama da marca, este vinho nunca desilude, nem tão pouco fica aquém das expectativas.

Para quem ainda não se iniciou nos vinhos desta região, esta é uma excelente opção!